Dra. Anna Bárbara Proietti reunida com os pesquisadores e o Diretor Técnico da Fundação Hemominas, Fernando Basques - Foto: Paulo Neves

Projeto avalia melhores formas de tratamento para a doença falciforme e outras doenças do sangue.

As reuniões para acompanhar o desenvolvimento dos estudos do REDS III (Retrovirus Epidemiology Donor Study) acontecem pelo menos uma vez por ano, sendo que a coorte de pessoas envolvidas nos estudos sobre a doença falciforme é a maior do mundo, com cerca de três mil pessoas. Na fase atual, o foco é estudar a melhor maneira de colher dados e fazer a avaliação do andamento do projeto.

Sob coordenação da Dra. Anna Bárbara Proietti, os estudos do REDS relacionados a anemia falciforme envolvem vários especialistas. Mais de 20 pesquisadores trabalham no estudo sobre a doença. Para Anna Bárbara, este é um projeto muito importante para todos. “É um orgulho, é muito bom podermos participar do REDS III, uma pesquisa que vai trazer muita informação de como melhorar a segurança do sangue e o tratamento da anemia falciforme”, ressaltou.

Em reunião realizada na sexta-feira,16/10, no Hemocentro de Belo Horizonte, três médicos pesquisadores norte-americanos estiveram presentes: as hematologistas Caroline Hope e Shannon Kelly e o epidemiologista Brian Custer. Todos destacaram a relevância do projeto que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos. “Acho muito importante essa colaboração, este intercâmbio entre os países. Hoje em dia as pessoas são muito mais abertas a troca de dados e a trabalhar de forma colaborativa”, afirmou Caroline Hope.

Brian salientou a felicidade em participar do REDS e comentou sobre o bom relacionamento entre a Fundação Hemominas e todos os envolvidos no projeto tanto no Brasil quanto nos EUA. “Estou muito feliz em estar aqui no Brasil, em Minas Gerais, estou gostando muito de trabalhar com os brasileiros. O REDS cobre uma ampla área dentro do aspecto Transfusional e, também, se preocupa em melhorar a sobrevida e a qualidade de vida de quem recebe o sangue e seus hemocomponentes”, destacou.

Pesquisadores do REDS III conversam sobre o andamento do projeto no auditório do Hemocentro de Belo Horizonte.
Pesquisadores do REDS III conversam sobre o andamento do projeto no auditório do Hemocentro de Belo Horizonte - Foto: Paulo Neves.

No Brasil, especialmente em Minas, está sendo formado um time de novos pesquisadores, em vários estágios do conhecimento, o que engrandece a qualidade dos serviços prestados à população. Shannon Kelly reforça a ideia do orgulho que este projeto representa no cuidado direto com o paciente. “Acho ótimo participar do REDS, aprendo cada dia mais com os brasileiros, é importante perceber que no Brasil e nos Estados Unidos os problemas são semelhantes, então a troca de informação contribui para todos”, concluiu.

Após a reunião no auditório do HBH, os pesquisadores foram à Administração Central da Fundação Hemominas para conversarem com o diretor Técnico-Científico, Fernando Basques, que também participa dos estudos do REDS e a chefe da Imuno-hematologia, Luciana Cayres. Sobre a importância do estudo, Luciana afirmou: “Acho que o REDS vai contribuir muito para a elucidação da realidade brasileira à aloimunização de pacientes, dando suporte também à segurança transfusional”.

O que é o REDS

O REDS (Retrovirus Epidemiology Donor Study) é o principal estudo patrocinado pelo U.S. National Heart, Lung, and Blood Institute of the National Institutes of Health (EUA). As pesquisas referem-se ao processo de doação de sangue, ao acompanhamento de exames positivos para vírus em candidatos à doação e, nesta etapa, estuda a doença falciforme, que é um problema de saúde pública no Brasil e a doença genética de maior incidência no mundo.

No Brasil, participam do REDS pesquisadores de quatro hemocentros públicos brasileiros (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco), da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal de São Paulo/Fundação Pró-Sangue. Dos Estados Unidos, são parceiros a Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA); o Blood Systems Research Institute  (BSRI); o Research Triangle Institute (RTI); e o Children’s Hospital Oakland Research Institute (CHORI). A cooperação foi iniciada em 2005.

A Fundação Hemominas participa do REDS III com estudos em três unidades: Hemocentro de Belo Horizonte e hemocentros regionais de Juiz de Fora e de Montes Claros, que refletem regiões distintas de Minas Gerais – Central, Sudeste/Zona da Mata e Norte e fazem atendimento ambulatorial, além de terem pesquisas em andamento. A etapa III do estudo REDS envolve aplicação de recursos de mais US$ 4 milhões, oriundos dos Estados Unidos, em pesquisas que vão até 2018.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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