Hemominas investe em sistema que amplia segurança aos processos de produção e armazenamento de hemocomponentes
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Hemominas investe em sistema que amplia segurança aos processos de produção e armazenamento de hemocomponentes
Uma ferramenta segura e rastreável para a execução dos registros de temperatura e umidade que comprovem a qualidade dos procedimentos realizados na instituição. Este o sistema recentemente implantado na Fundação Hemominas, em fase de validação, e que abrange o monitoramento de todos os equipamentos técnicos e ambientes utilizados na produção e armazenamento de hemocomponentes e insumos.
Com uma configuração que prevê o acionamento dos planos de contingência em casos de problemas detectados fora dos horários de expediente, o sistema alerta quanto aos eventos em não conformidade aos limites mínimos e máximos de funcionamento dos equipamentos, permitindo, assim, a aplicação da medida necessária: manutenção ou troca dos equipamentos em questão e acionamento de planos de contingência, quando necessário.
Aplicação Online - Foto: Arquivo Hemominas
Entre os muitos benefícios que o sistema traz, destacam-se:
1 – rastreabilidade e confiabilidade ao substituir o registro manual de temperatura, eliminando a ocorrência de erro humano no registro e armazenamento das leituras de temperatura;
2 – atendimento a exigências normativas e a requisitos de acreditações, em especial da AABB (American Association of Blood Bank);
3 – redução de perdas de hemocomponentes, uma vez que o sistema emite alertas quando as temperaturas ficam fora das faixas pré-determinadas, sendo possível adotar medidas de contingência especiais para manutenção dos registros contínuos, mesmo em horários fora do expediente, tais como, período noturno, madrugada, finais de semana e feriados.
4 – otimização de tempo das equipes de trabalho, uma vez que os profissionais da Hemominas não precisarão mais se deslocar para executar o registro manual de temperatura, atividade que os afastava das suas atividades laborais e de procedimentos clínicos importantes para realizar tais medições;
5 – detecção de eventuais variações de temperatura relevantes;
6 – redução da gestão de documentação excessiva em papel, em função do monitoramento manual gerador de tais registros;
7 – inteligência de dados com confiabilidade de dados;
Funcionamento
O sistema permite o acompanhamento contínuo de temperatura de equipamentos de refrigeração e ambientcontrolados por meio de sensores que monitoram as temperaturas, enviam dados para um servidor em nuvem que podem ser acessados via internet, em tempo real, por usuários treinados.
São sensores sem fio que transmitem os dados captados para a central de monitoramento, com alcance de -200ºC a +200ºC, capacidade para sondas externas, armazenamento interno e bateria independente com duração de 12 meses ou superior. A central de monitoramento recebe os dados de todos os sensores ao seu redor e os envia direto para a Nuvem. Dispõe de armazenamento interno, alertas sonoros e envio de dados em três tipos de conexão diferentes.
Além disso, há o sistema online - o ambiente onde todos os dados ficam centralizados e organizados. Os registros ficam na aplicação e podem ser extraídos através de relatórios customizáveis; os sensores podem passar pelas trilhas de eventos e auditoria, gerando confiabilidade nas informações. Também os alertas são configuráveis com hierarquia de usuários para que os envios de e-mails e SMS sejam eficazes: o armazenamento de dados fica em Data Center Seguro com redundância, garantindo o acesso aos dados em 99,4% (SLA). A Aplicação Online atende aos regulatórios da ANVISA, JCI, ONA e ABHH, além de ser validável, conforme Guia de Validação de Sistemas Computacionais da ANVISA e FDA CFR Part11.
A contratação da solução possui ainda serviço contínuo como customização, quando solicitado, suporte técnico para manter a confiabilidade e o mínimo de contingência no sistema, implantação e manutenção em que é realizada troca de sondas (calibração), baterias e equipamentos, quando necessário.
Implantação
Roberto Mauro Ferreira, Pamela Freitas Marques, Flávia Naves Givisiez, Felipe Carlos Brito de Souza, Pamela: integrantes da equipe que gerenciou a implantação do sistema – Foto: Arquivo Hemominas
O sistema abrangerá o monitoramento de todos os equipamentos de refrigeração e ambientes utilizados na produção e armazenamento de hemocomponentes e insumos de toda a Rede Hemominas.
Os requisitos para implantação - que consistem na identificação da infraestrutura e instalação dos pontos - foi concluída em 2022 e, atualmente, o sistema está em fase de validação. Apenas o Hemocentro de Belo Horizonte (HBH) teve a validação concluída e está apto a utilizar o sistema como forma oficial de monitoramento, após o treinamento de toda a equipe. As demais unidades encontram-se em fase de verificação da conformidade do sistema. Nesse sentido, no final de fevereiro teve lugar uma reunião com todas as unidades da Fundação para orientá-las e repassar as informações necessárias para que a validação do sistema seja finalizada, o que deve ocorrer no período de 30 dias, também após o treinamento de todas as equipes.
No HBH, os controles de temperatura estão distribuídos por toda a unidade, rigorosamente acompanhados e gerenciados segundo o software sob responsabilidade da equipe de imuno-hematologia, abrangendo os setores: Central de Recebimento de Amostras, GLA Central Sorológica, câmara fria, sala de coleta, central de frios (geladeiras azuis), plaquetário- l, Prova cruzada e todos os laboratórios.
Certificado de apresentação do trabalho no Hemo 22 - Foto: Arquivo Hemominas
O processo de validação do sistema foi apresentado no Congresso Brasileiro de Hematologia,Hemoterapia e Terapia Celular - HEMO 2022 pela equipe composta pelos servidores: Dirceu Alves Jácome Júnior (gerente de Infraestrutura Física – DGI); Felipe Carlos Brito de Souza (Gerência de Laboratório (GLA) e responsável técnico pelo Laboratório de Histocompatibilidade (HLA); Flávia Naves Givisiez (médica patologista clínica, gerente de Controle de Qualidade); Pamela Lorrana Freitas Marques (responsável de equipe Engenharia Clínica); Roberto Mauro Ferreira (biólogo da Gerência de Controle de Qualidade).
Mais uma vez, os investimentos da Fundação Hemominas em tecnologia, inovação, pesquisas, ensino e aprimoramento profissional, entre outros, revertem-se em qualidade e segurança em termos de saúde pública. E referendam a fala do Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti: “Poucos sangues no mundo têm a qualidade que o sangue da Hemominas tem”.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicaçao Social
Se algum candidato à doação de sangue estiver com dengue, zika ou chikungunya só poderá realizar o procedimento após 30 dias da recuperação completa (após tornar-se assintomático).