Dando continuidade às discussões do VI Simpósio Hemominas de Transfusão Sanguínea, que está sendo realizado em Passos, as palestras do segundo e último dia (23/08) foram dedicadas às doenças relacionadas ao sangue – as hemoglobinopatias e coagulopatias.

 

Dentro da primeira mesa-redonda, que discutiu o tema “Doença Falciforme”, foram abordados assuntos como os cuidados clínicos, a importância do diagnóstico e acompanhamento do paciente, a gravidez e a terapia transfusional. Atualmente no Estado de Minas Gerais mais de 6 mil pessoas já são diagnosticadas como portadoras dessa doença.

Já na palestra sobre a doença de Von Willebrand, foi enfatizada a discussão sobre o diagnóstico e o tratamento. “Ela é considerada a doença hemorrágica mais comum em humanos, porém ainda é pouco conhecida pelos profissionais de saúde”, explica Maria Sueli Namen Lopes, do Serviço de Pesquisa da Fundação Hemominas, que preparou a palestra.

Já a médica Mitiko Murao falou sobre a importância do tratamento preventivo e da orientação familiar dos portadores de coagulopatias hereditárias, como a hemofilia. “Para aprimorar o tratamento e melhorar a qualidade de vida do paciente, é importante a parceria com as escolas, centros de tratamento e unidades de saúde”, explica a hematologista.

Retrospectiva

No dia de ontem, (22/08), as discussões do período da tarde abrangeram os temas “Estratégias para o uso racional do sangue”, “Hemovigilância Transfusional” e “Implicações éticas e legais do ato transfusional”.

O médico hematologista da Fundação Hemominas, Ricardo Vilas Freire, abordou o tema “Gerenciamento de estoques”. Para ele, é necessário que os profissionais de saúde conheçam o ciclo do sangue e a realidade de cada região, para saber a melhor estratégia a ser utilizada no gerenciamento dos estoques. “Não podemos esquecer que se trata de um processo dinâmico, e precisa de uma avaliação constante à medida que há uma variação na demanda”, explica Ricardo.

Já a enfermeira Marta Magda Martins, do Hemocentro Regional de Governador Valadares, enfatizou, na palestra “Reações transfusionais imediatas: alérgica e febril não hemolítica”, a responsabilidade do profissional de enfermagem nos processos de reações transfusionais. “O profissional deve minimizar as possíveis reações que o paciente possa ter durante o ato da transfusão, fazendo uma investigação atenciosa sobre o estado de saúde do paciente”, conclui.

O Simpósio Hemominas de Transfusão Sanguínea ocorre anualmente desde 2007. Para o próximo ano, ainda não foi definida qual unidade da Fundação irá sediar o evento.

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